O livro de Esdras contém quase tudo que se sabe acerca da história dos judeus a partir de 538 a.C., quando Ciro, o persa, conquista a Babilônia.
A mão de Deus pode ser vista no fato que o rei Ciro permitiu aos judeus regressarem do exílio na Babilônia e reedificarem o templo arruinado. Não obstante, muitos judeus preferiram o conforto da Babilônia civilizada, em lugar das dificuldades da Judéia empobrecida. Aqueles que regressaram, começaram dando a Deus o primeiro lugar e edificaram ali um altar ao senhor (Esdras 3: 1-13). Mas, a despeito disso, permitiram que seus inimigos os impedissem de continuar a edificação do templo e da cidade (Esdras 4:1-24). Depois de dezesseis anos, veio o reavivamento através da pregação de Ageu e Zacarias, e as obras do templo foram concluídas, isso por volta de 516 a.C., sem a interferência ou oposição de outros inimigos.
Após o ano de 457 a.C., aparece Esdras (Ed 7:1-10), comissionado pelo rei persa para ensinar e por em vigor a lei judaica (7:11-28). Esdras reuniu uma nova geração de exilados para que voltasse com ele, e fez perigosa viagem sem escolta (Ed 8:1-36), por isso o jejum, conforme o texto (Ed 8.21 a 23) que lemos.
Assim tomamos conhecimento do objetivo de Esdras. A viagem até Jerusalém!
E você está preparando sua viagem para onde? Como tem sido sua vida? Sua jornada tem sido feliz?
Essa viagem era extremamente longa, cheia de imprevistos e de ataques de grupos inimigos e por isso o jejum como preparo para a viagem. Se olharmos para a realidade dos nossos dias vamos ver que o valor do jejum nas práticas religiosas evangélicas tem caído de moda e pós-modernamente tal prática tem causado mais mal do que bem, pois a maioria dos grupos religiosos tem invertido a ordem dos objetivos do jejum. Esdras, porém, age de forma diferente e se propõe a fazer um jejum porque já havia dito ao rei que o seu Deus cuidaria dele e de seus companheiros, de maneira que agora teve vergonha de pedir soldados para a sua proteção. Assim Esdras apregoa um jejum, a fim de se humilhar perante o Senhor, para lhe pedir uma jornada feliz para eles, para os seus filhos e para tudo que era deles.
Esdras sabia que não era recomendável falar em confiança na providência divina, e, depois, quando no aperto das situações, apelar para a débil força humana.
Esdras sabia que ele não podia ser hipócrita, por isso recusara a ajuda, a proteção do exército e recomenda a sua viagem ao Senhor. A confiança de Esdras foi colocada “na boa mão do Senhor que é sobre todos os que o buscam, para o bem deles”.
Assim, percebemos que o jejum teve excelente resultado, afinal de contas eles jejuaram, pediram e o Senhor Deus os atendeu.
Um comentário:
Walzinha, parabéns pelo seu belo trabalho. O bloguinho ficou bonito de cara nova. Te amo, minha artista.
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