domingo, 7 de novembro de 2010

Quatro Pilares da Fé Cristã

I CORÍNTIOS 15: 1-10
(1) Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais;
(2) por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão.
(3) Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,
(4) e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
(5) E apareceu a Cefas e, depois, aos doze.
(6) Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem.
(7) Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos
(8) e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo.
(9) Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus.
(10) Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.



Introdução: Paulo nos escreveu coisas essenciais, como expressão da sabedoria de Deus. O homem estava completamente perdido. Mas Deus enviou o Seu Filho, à semelhança de homem, para resgatar a humanidade. E em Jesus, o nosso Salvador e Senhor, por meio Dele, nós fomos completamente achados. São versículos simples de compreendermos, mas são muito profundos. Estas declarações são bases da salvação, do novo nascimento e de uma vida espiritual genuína com Deus. Temos que ter o conhecimento da Escritura para que tenhamos a experiência com o Seu Autor, o Espírito Santo. E só conseguiremos caminhar com Ele, conhecendo e prosseguindo em conhecer ao Senhor, estando firmados e agarrados na Sua graça e bondade.

1° Pilar: "Cristo morreu por nossos pecados (v. 3)" - Ao morrer na cruz em meu lugar, Cristo pagou o preço dos meus pecados e transgressões. A lei era clara: a alma que pecar, essa morrerá. (Ez 18.4). Deus não pode ir contra Sua própria Palavra, por isso, alguém tinha que morrer pelo pecado, tinha que existir um redentor, um remidor, alguém que assumisse aquela culpa. Redenção é tanto o livramento da penalidade como do poder do pecado. Nós não éramos apenas pecadores, cometendo atos pecaminosos e, por isso, em débito para com Deus. Pelo pecado, não só a MORTE veio a reinar por toda parte, como também Satanás ganhou poder sobre nós, através da queda de Adão: ele detém o poder da morte para forçar ao pecado e à escravidão, e foi dessa forma que ele tornou-se o príncipe deste mundo. Nós éramos cativos, vendidos ao inimigo de nossas almas por causa do pecado, sem nenhuma força em nós mesmos para sairmos dessa horrível condição (Romanos 7.14, 25; Efésios 2.1-3). Mas Jesus se humilhou na forma de homem, e depois se humilhou na forma de servo, e foi até a cruz. Ele me deu o perdão, comprou-me do domínio de Satanás, lavou-me no Seu precioso sangue e me deu livre acesso à Presença do Pai. Nós fomos reconciliados com Deus por meio de Jesus. O poder do Seu sangue é perfeitamente eficaz para nos purificar de todas as nossas injustiças.

2° Pilar: "Cristo foi sepultado e ressuscitado ao terceiro dia (v.4)" - Ao ressuscitar dentre os mortos, Cristo provou que Ele não apenas disse a verdade como também que Ele é a Verdade! O mesmo poder da Sua ressurreição opera também em mim, pelo Espírito Santo que em mim habita. Ele me renova, regenera, fortalece, guia, consola. Ele, o Glorioso Espírito Santo, me transforma de glória em Glória na imagem do Seu Filho. Posso ter a certeza de que Deus fará coisas grandiosas, porque Jesus está vivo! A terra não pode consumir seu corpo. “Por que Ele vive posso crer no amanhã”, é o que a música diz. A palavra de Deus nos alerta que "Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens" (I Coríntios 15.19). Mas não precisamos crer somente que Ele cura, que Ele nos dá paz, muito mais do que isso, Ele nos garante vida eterna, uma vida cheia do Espírito Santo!

3° Pilar: "ELE depois apareceu a muitos irmãos (v.5-8)" - Jesus apareceu a muitos irmãos. Ele apareceu a Pedro, apareceu a Tiago, aos apóstolos e a muitos outros discípulos. Não apareceu apenas aos apóstolos, mas a Palavra diz que Jesus ressuscitado apareceu diversas vezes, como por exemplo, no caminho de Emaús, a dois irmãos simples, como nós. Antes de ascender aos Céus, mais de 500 irmãos tiveram a maravilhosa visão do Senhor da nossa Salvação. Esta experiência com certeza causou um impacto tremendo, o que se refletiu ao longo das páginas do livro de Atos. Ali maravilhas eram feitas pelas mãos dos apóstolos (Deus é quem operou e opera sempre maravilhas), onde também os discípulos cresciam em número. Por causa da graça de Deus, eles caíam na graça do povo, pois notadamente possuíam algo diferente e especial.
Por que não temos tido os mesmos resultados dos irmãos da igreja primitiva? Se cremos em Jesus e se as mesmas verdades nas quais eles se fundamentavam, nós também procurarmos nos fundamentar, então, nós deveríamos viver o mesmo cristianismo de Atos! O que tem nos faltado é uma experiência profunda com Deus. Jesus está vivo! Jesus nos resgatou das trevas e fomos plantados no Seu Reino. Precisamos viver este Reino em nós. Ele veio para nos dar vida, e vida com abundância. Temos que viver a Sua vida em nós. Temos que conhecê-Lo. Temos que ter intimidade com Ele. Fomos chamados para sermos amigos do Senhor. Amigos compartilham tudo e vivem experiências juntos.

4° Pilar: "A graça de Deus não foi vã e ela está comigo (v. 10)" - Não temos capacidade ou habilidade alguma para nos colocarmos diante de Deus e permanecermos perante a Sua Majestade. Ele é Santo, nós somos cheios de atitudes indignas. Ele é Sublime, nós somos pequeníssimos. Ele é Fiel e Justo, nós somos tantas vezes infiéis e injustos. Ele é Totalmente Poderoso, mas nós não somos. Nós somos limitados em nós mesmos. Nós falhamos, nós nos frustramos algumas vezes. Nós não sabemos nem o que fazer ou como fazer algo. Mas Ele é a própria Sabedoria. Definitivamente, não temos condições de termos uma intimidade com o Deus Vivo e Eterno. Mas Paulo escreveu que a Sua graça não lhe foi vã. DEUS lhe disse certa vez que a Sua Graça lhe bastava. Paulo compreendeu a graça divina. A graça redentora. E esta Graça não foi vã, não foi inútil. Não há porque nos gloriarmos. Não temos glória em nós mesmos. É a glória de Deus, é a graça de Deus em nós que nos faz ser o que somos. Paulo viveu todo o fundamento desta mensagem. Ele teve um relacionamento pessoal e lindo com o Senhor. E eu creio que o Senhor queira o mesmo para nós. Somos filhos amados de Deus e Ele quer Se revelar a nós. Temos que saber quem é o Jesus a quem temos servido. Saber que o nosso Redentor vive. Saber o que Paulo sabia: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo”. (Gálatas 6.14). Ele não vivia na busca de ser maior ou melhor que ninguém. Ele buscava estar aos pés de Jesus, estar com Ele, andar com Ele e se preciso for seguí-lo até mesmo até a cruz. Necessitamos saber em Quem temos crido. Conhecê-lo não apenas de falar ou de ouvir falar, mas estar diante de Seus olhos e reconhecer a Sua Presença de fato e de verdade. Precisamos estar mais envolvidos com Jesus. Precisamos viver com Ele e para Ele. Precisamos anunciar o Rei dos reis, o Rei que nós conhecemos. O nosso Rei. O Deus de Jacó, de Abraão e de Isaque, mas também o nosso Deus, o meu Deus, sob cujas asas eu me refugio e descanso seguro

Conclusão: Deus tem uma grandiosa obra para realizar em nós, dentro de nós, no íntimo de cada um de Seus filhos queridos. Voltemos aos pilares da nossa fé. A crer no Jesus maravilhoso que nos purifica de todo o pecado, olhando firmemente para Ele e não para situações que nos acometem. Creiamos na vida eterna que nos está proposta, na Jerusalém Celestial, cujos olhos humanos nunca viram tamanho esplendor. A eternidade só chegará se buscarmos hoje um relacionamento pessoal com Jesus. Temos que buscar viver uma vida digna do seu sacrifício por nós. Precisamos nos levantar da autocomiseração, do “eu não consigo”, precisamos descer do pedestal do orgulho, do achar que se é melhor que alguém e saber que se somos o que somos não é mérito nenhum nosso, “mas a graça do Senhor que está conosco”.