quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Como estudar a Bíblia
Muitos reis, poderosos e cientistas tentaram refutá-la, bani-la, queimá-la, sepultá-la. Entretanto, a Bíblia, sendo o livro de Deus e a voz de Deus, não é passível de ser destruída.
Quando temos uma Bíblia em nossas mãos, devemos pensar um pouco em duas questões:
1. Qual é o propósito da Bíblia?
2. Como eu estudo a Bíblia?
1. O propósito da Bíblia, sem dúvida, é a salvação. “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste 15e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”. (2 Timóteo 3.14-16)
2. Como eu estudo a Bíblia? Para tornar a Bíblia mais viva em minha vida, eu preciso ouvir o que diz Jesus em Mateus 7.7: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á”.
a. Tenho que pedir que Deus me ajude: é só por meio do Espírito Santo que conseguiremos entendê-la, praticá-la, nos alimentar dela. “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (João 14.26). Como o Espírito Santo nos lembrará de algo que nunca estudamos? Antes de ler a Bíblia, ore. Convide Deus a falar com você. Não leia a Bíblia procurando pelas suas próprias idéias, busque as idéias de Deus.
b. Tenho que buscar: A Bíblia não é um jornal para se passar os olhos, mas uma mina de ouro a ser explorada. “Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus” (Provérbios 2.4,5). Para entender a Bíblia, temos que estar dispostos a pensar, a pesquisar. Não se entende a Bíblia toda na primeira linha que lemos. Da mesma forma que não conseguimos saciar a nossa fome apenas com uma colher de comida. Precisamos nos alimentar todos os dias, um pouquinho de cada vez. Deus enviou o maná no deserto em porções limitadas e suficientes para cada dia. O que eu tenho que buscar é a mensagem ou o maná que Deus tem para mim naquele dia.
c. Tenho que bater: Bater é estar à porta de Deus, estar disponível, é sair da teoria e ir para a prática. Bater é se perguntar: o que posso fazer? Como posso obedecer? Aonde posso ir? O que Deus quer que eu faça com o que eu aprendi hoje? Para todo aquele que escolhe obedecer, há uma recompensa especial. “Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito” (Tiago 1.25). A felicidade vem para aqueles que praticam o que lêem. Basta apenas ler uma receita culinária para sentir que a fome acabou? Assim é com quem lê a Palavra de Deus: se só lermos e não praticarmos, jamais conheceremos a alegria que Deus prometeu.
Conclusão: Se colocarmos tudo isso em prática, descobriremos o livro maravilhoso que Deus colocou em nossas mãos.
Mensagem retirada da Bíblia de Estudo Devocional "Max Lucado"
Adaptada por Pr.ª Walquíria Miranda Paiva - Igreja do Evangelho Quadrangular - Jandira/SP
sexta-feira, 31 de julho de 2009
A poeira do caminho de Emaús
Texto: Lucas 24. 13-16
Introdução: Durante nossa caminhada podemos ser impedidos de ver o nosso Salvador, o Cristo Ressurreto, por situações diversas. Como uma nuvem que esconde o sol por alguns instantes ou dias (não significa que o sol não esteja por lá). Assim, com os olhos embaçados pelo cansaço, pela poeira dos acontecimentos, pela tristeza e decepção ou por qualquer outro motivo decorrente da caminhada, nós perdemos a oportunidade de desfrutar da plenitude e da graça de Jesus. Perdemos o foco, perdemos a direção, andamos como que sem rumo. Eram tantas aflições, eram tantas provações, que os caminhantes acabaram por perder a Jesus no meio do caminho, desistiram de suas promessas. Os olhos machucados e o coração ferido não podem discernir e ouvir a voz do Senhor. Assim, distanciaram-se mais do Salvador, foram deixando para depois, deixando para trás. Muitos boatos corriam e confundiam suas mentes.
Podemos reconhecer e destacar os motivos que levaram os dois seguidores a não reconhecer o seu Mestre e assim, ficarmos atentos para que o mesmo não aconteça conosco.
SOMOS IMPEDIDOS DE RECONHECER O CRISTO RESSURRETO:
Pelas lágrimas que embaçam a visão (olhos ardentes) – João 20.15 – “Então Jesus perguntou: – Mulher, por que você está chorando? Quem é que você está procurando? Ela pensou que ele era o jardineiro e por isso respondeu: – Se o senhor o tirou daqui, diga onde o colocou, e eu irei buscá-lo.” Maria viu suas lágrimas tirarem sua visão por alguns instantes. Mesmo seguindo ao Senhor durante todo o tempo, ela não foi capaz de discernir quem ELE era. Assim, nós também podemos ter os olhos embaçados pela visão turbada das lágrimas e do sofrimento. Depois de uma noite de choro, os olhos ficam sensíveis, inchados, mas para isso o SENHOR NOS OFERECE ALENTO! Salmos 30.5 – “o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.”
Pela falta de conhecimento das Escrituras – Lucas 24.25-27. Jesus mesmo é quem nos ensina sobre as Suas palavras de vida eterna. Se o nosso coração estiver disposto a buscá-Lo e o compreender o que Ele diz, alcançaremos o conhecimento de Seus maravilhosos planos para nós. João 5.39 – “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.” O propósito do Senhor para nossas vidas é que conheçamos Sua Palavra para que possamos compreender o seu pleno cumprimento em Jesus, que é o AMÉM (Ap 3.14). Quantas asneiras escutamos de pessoas que não conhecem as Escrituras? Oséias 4.6 – “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento”.
Pelo temor à escuridão – Lucas 24.29 (Fica conosco); João 20.19: “Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”. O medo faz com que tenhamos medo de todas as coisas. Quando criança, muitos de nós tínhamos medo do escuro. Com certeza, nossos pais tentavam nos convencer que não tínhamos o que temer. A escuridão atemoriza por ser um lugar desconhecido. Mas quando o Pai das Luzes chega, Ele nos faz perceber que não há porque ter medo! Salmos 139.11,12: “Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa.” Jesus hoje nos conforta como confortou aos discípulos e nos diz: PAZ SEJA CONVOSCO!
Pela dúvida – João 20.25: “Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei.” Tomé era um homem prático, moderno, cientista e bem consciente da possibilidade de ser enganado por uma visão ou uma alucinação. Para ele, a ressurreição precisava ser confirmada pelos sentidos. Quantas vezes deixamos o nosso ego, nossa “inteligência”, nosso sentido de possibilidades tirar a fé do nosso coração? Lucas 1.37 – “Porque para Deus nada é impossível”. O seguidor chamado Cleopas (24.18), de acordo com Eusébio, era o tio de Jesus, irmão de José. Quando a dúvida ilude nossos corações, não somos capazes de valorizar nem mesmo a família abençoada que Deus nos deu. Isso vale tanto para a família de sangue quanto para a família da fé.
Pela distância (pés ardentes) – Lucas 21.13. A distância não era grande de Jerusalém a Emaús. Eram cerca de
Pelo ódio e a cegueira – Atos 9.4,5: “Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues”. Sem o Espírito Santo somos mesmo incapazes de saber quem é Jesus. Se as obras da carne são o que nos dominam, então, ficamos cegos e desorientados, como aconteceu com Saulo. Mas a revelação de Jesus nos tira as escamas dos olhos.
CONCLUSÃO: Como podemos reconhecer Jesus em todos os nossos caminhos? Através da revelação de Sua pessoa. Lucas 24.30,31. A testificação vem com os corações ardentes (v. 32), que é a obra do Espírito Santo para convencer das Escrituras que Cristo nos expôs. Precisamos deixar que a Água Viva do trono de Deus possa nos tirar a poeira dos olhos. Pedir perdão se alguma coisa no caminho nos tirou a visão do Senhor e prosseguir lado a lado com Ele.
sábado, 18 de abril de 2009
A Intercessão de Abraão como modelo
" (20) Aí o Senhor disse a Abraão:– Há terríveis acusações contra Sodoma e Gomorra, e o pecado dos seus moradores é muito grave. (21) Preciso descer até lá para ver se as acusações que tenho ouvido são verdadeiras ou não.(22) Então dois dos visitantes saíram, indo na direção de Sodoma; porém Abraão ficou ali com Deus, o Senhor. (23) Abraão chegou um pouco mais perto e perguntou:– Será que vais destruir os bons junto com os maus? (24) Talvez haja cinqüenta pessoas direitas na cidade. Nesse caso, vais destruir a cidade? Será que não a perdoarias por amor aos cinqüenta bons? (25) Não é possível que mates os bons junto com os maus, como se todos tivessem cometido os mesmos pecados. Não faças isso! Tu és o juiz do mundo inteiro e por isso agirás com justiça. (26) O Senhor Deus respondeu:– Se eu achar cinqüenta pessoas direitas em Sodoma, perdoarei a cidade inteira por causa delas. (27) Abraão voltou a dizer:– Perdoa o meu atrevimento de continuar falando contigo, pois tu és o Senhor, e eu sou um simples mortal. (28) Pode acontecer que haja apenas quarenta e cinco pessoas direitas. Destruirás a cidade por causa dessa diferença de cinco?Deus respondeu:– Se eu achar quarenta e cinco, não destruirei a cidade. (29) Abraão continuou:– E se houver somente quarenta bons?– Por amor a esses quarenta, não destruirei a cidade – Deus respondeu.(30) Abraão disse:– Não fiques zangado comigo, Senhor, por eu continuar a falar. E se houver só trinta?Deus respondeu:– Se houver trinta, eu perdoarei a cidade. (31) Abraão tornou a insistir:– Estou sendo atrevido, mas me perdoa, Senhor. E se houver somente vinte?– Por amor a esses vinte, não destruirei a cidade – Deus respondeu. (32) Finalmente Abraão disse:– Não fiques zangado, Senhor, pois esta é a última vez que vou falar. E se houver só dez?– Por causa desses dez, não destruirei a cidade – Deus respondeu. (33) Quando o Senhor Deus acabou de falar com Abraão, ele foi embora, e Abraão voltou para casa."
Para Abraão ter a ousadia de pedir a preservação de toda uma cidade, ele tomou atitudes inteligentes:
(1) Permaneceu ainda na presença do Senhor (v. 22): Quando consideramos alguém amigo, temos a liberdade de pedir a ele um favor e sentimos liberdade na presença dessa pessoa. Por isso, Abraão que posteriormente foi chamado de “amigo de Deus”, teve a ‘santa ousadia’ de orar ao Senhor e apresentar o seu pedido. Só é possível agirmos assim, com liberdade na presença de Deus, quando crescemos no conhecimento Dele e percebemos o quanto Ele é misericordioso. Esse conhecimento, entretanto, só se dá quando há constância. Abraão não passeava na presença de Deus. Ele permaneceu. Ele persistiu. Ele prosseguiu. Não parou para olhar o quanto o pedido dele poderia ser ‘impossível’ aos olhos humanos. Por pior que fosse a situação, Abraão creu que Deus poderia mudá-la. Continuar crendo no caráter de Deus, na Sua misericórdia e amor, na capacidade Dele de resolver qualquer circunstância.
(2) Aproximou-se Dele (v. 23): Abraão não via o Senhor como um Juiz sem misericórdia, distante e iracundo. Ele tomou uma atitude de se aproximar Dele. Para muita gente, Deus é alguém que está tão afastado de nós, que é quase um estranho. Todavia, quando alguém vê Deus como Pai, como amigo e tem um relacionamento de comunhão com Ele, tal pessoa sente a liberdade de aproximar-se de Deus e fazer suas petições, sem constrangimento. Na prática, isso significa fazer a oração com fé. Pois a Bíblia nos diz em Hebreus 11.6. O que nos leva a orar a Deus é crer que Ele dará uma resposta às nossas orações, ainda que não saibamos como essa resposta será. Os pensamentos de Deus são mais altos e Ele sempre tem realmente a solução mais justa e amorosa possível, até quando não entendemos o porquê das coisas. A Bíblia diz que tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28) e sabemos que Deus tomou a decisão de destruir aquela cidade, pois ela poderia acabar contaminando o resto da humanidade. É a velha história do “tomate podre” ou da amputação de um dedo para salvar o resto do corpo.
(3) Compreendeu melhor a mente de Deus. Não foi a oração de Abraão que fez Deus mudar de idéia, mas Deus, através da busca sincera do patriarca, pôde se revelar a ele e mudar seus pensamentos. Abraão chegou a fazer o pedido, pois sabia o quanto misericordioso Deus era. No final da sua intercessão, Abraão percebeu que além de misericordioso, Deus era justo e bondoso. Nossas orações não farão Deus mudar de idéia, mas poderão mudar nossos pensamentos assim como as orações de Abraão mudaram os dele. A oração ajuda-nos a entender melhor a mente de Deus.
Deus não tem prazer em destruir as pessoas más, porém Ele precisa punir o pecado. Ele é tanto justo quanto misericordioso. Devemos expressar nossa gratidão a Deus, pois essa mesma misericórdia chegou até nós e nos alcançou através de Jesus.
Ele concedeu aos homens de Sodoma e Gomorra um teste justo. Ele não estava ignorando as práticas malignas dos habitantes da cidade, mas em sua justiça e paciência, Deus ofereceu ao povo de Sodoma uma última chance de arrependimento. Ele ainda está à espera, dando às pessoas a oportunidade de se voltarem para Ele (2 Pe 3.9).
(4) Entendeu que as respostas de Deus são provenientes da perspectiva do próprio Deus. Deus mostrou a Abraão que é permitido pedir qualquer coisa, desde que se tenha o entendimento de que as respostas de Deus virão do ponto de vista do próprio Deus. Nem sempre elas estarão de acordo com as nossas expectativas, pois somente Ele conhece toda a história. Será que você não ouviu a resposta de Deus para alguma oração porque não considerou qualquer resposta possível diferente da esperada?
CONCLUSÃO: Esta passagem não apenas revela que Deus ouve e responde nossas orações, mas que também preserva os iníquos por causa dos retos. Vemos também que Abraão não prosseguiu pedindo a preservação das cidades por causa de um menor número do que dez justos. Ao contrário deste fato, a intercessão de nosso Senhor Jesus Cristo não conhece limites, visto que Ele é capaz de salvar completamente (Hebreus 7.25), pois Ele vive para interceder por nós. Há alguma coisa em sua vida que o impede de sentir à vontade diante de Deus? Sua insistência é teimosia?
Mensagem pregada pela Prª Walquíria Paiva na Igreja do Evangelho Quadrangular do Parque Santa Tereza - Jandira/SP.