sábado, 11 de junho de 2011

Cortemos a raiz do racismo

Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus (Efésios 2.19).


Alcindo Almeida Martin Luther King Jr. pronunciou um dos discursos mais belos da história: “Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade. Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!” (Eu tenho um sonho I have a dream -discurso feito no túmulo de Abrahan Lincon).

Parece incrível, mas a mensagem proclamada por Martin Luther King Jr. ressoa até hoje em nosso ouvido. Então como diz J. Piper no seu livro Anos: "nós precisamos transformar um sonho numa visão bíblica" (PIPER, John. Irmãos, nós não somos profissionais. São Paulo: Vida Nova, 2010, p. 219).

Quando olhamos para este texto sabemos que os gentios estavam separados da comunidade de Israel, eram visitantes sem direitos legais (versículo 12): Vossa condição foi invertida: em vez de continuardes estrangeiros, Deus converteu-vos em cidadãos de sua Igreja. Em relação ao povo da aliança eram estrangeiros e peregrinos, isto é, pessoas que ainda que vivessem no mesmo país, tinham os mais superficiais direitos de cidadania. Mas, Paulo combate o racismo da época e fala de concidadãos dos santos. Esta expressão retrata a comunidade de judeus e gentios como sendo o Reino de Deus. Paulo diz que agora os gentios são de casa. Agora em Cristo eles têm um lar. E ele chama este povo de família de Deus. A comunidade é retratada como uma verdadeira família. Em Cristo os gentios conquistaram uma afetividade ainda maior para com Deus, são da família da fé. Gentios e judeus partilham de um mesmo ambiente familiar em Cristo. Exatamente por isso que Paulo afirma em Gl. 6.10: "Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé".

Aprendemos que Cristo morreu para eliminar a inimizade, o ódio, a repugnância, a inveja e o medo da relação com as pessoas. Precisamos sonhar como igreja com a quebra dos preconceitos. Com esta violência por causa de dinheiro. Matam pessoas inocentes por causa de petróleo. Matam milhares de crianças por causa do ódio entre nações. O que estão fazendo com a criação? Precisamos ensinar o amor divino para as pessoas para que combatamos com graça a indiferença, a alienação e hostilidade em nosso planeta. Precisamos orar pedindo graça divina para avançar rumo a reconciliação racial.

Ao ler a parte do discurso Martin Luther King “Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter”. Fiquei a pensar: o que eu tenho feito como cristão para que isto aconteça? Somos uma família do Deus eterno quando negros, brancos, brasileiros e alemães podem viver juntos e lutar pela causa nobre da vida! Deus seja conosco!

Fonte: Projeto Timóteo - "incentivando amizades, apoiando ministérios".